sábado, 23 de abril de 2011

Por trás de uma grande mulher…



Nem sempre tem um grande homem. É triste, mas o trocadilho não funciona para o público feminino. As mulheres foram criadas para apoiar os homens, incentivar e acompanhar sempre que necessário. Eu mesma vim para São Paulo nessa situação, pela transferência do ex-marido.  Agora, são raros os casos opostos, em uma situação em que o companheiro larga tudo para acompanhar a esposa em voos mais altos na carreira.
Você conhece algum desses casos? Eu infelizmente, não, mas gostaria de ter mil exemplos para dar para vocês.  É engraçado como quando estamos pensando em um assunto começa a brotar textos, artigos e leituras a respeito. Depois da entrevista com o Villela que precisamos de mais espelho, acompanhei muita coisa que fala sobre o jogo de cintura da mulher em ter uma carreira e um relacionamento amoroso.
Quando li o último post do Zé, do Conversa de Corredor, que fala de uma executiva que abriu mão da promoção porque o marido não aceitou a mudança de cidade, não tive dúvida que era o momento de discutir o tópico.  A nossa cultura ainda não conseguiu quebrar barreiras, não só os homens, que trazem no sangue o poder do macho, mas também as mulheres, que não estão habituadas a serem provedoras.
Como fica a relação quando ela ganha mais que o homem? É uma questão dificil e já vi mulheres preocupadas com essa situação, inclusive na parte financeira, já que o marido pode entrar em frias e quem acaba pagando o pato são as mulheres, que tem um patrimônio maior. Ouvi recentemente de uma médica , casada e com filhos, que amava o trabalho, mas que adoraria chegar em casa e contar com o apoio do marido, que poderia ajudar em casa, mas isso é impossível, já que ele é muito machista. O triste, ela confessou, é que não comentar os ganhos e muito menos as conquistas para não deixá-lo frustado.
Já imaginou o sofrimento que é ter sucesso na carreira, mas não poder compartilhar com o seu amante, e quando falo essa palavra, é mais pelo aspecto de cumplicidade e afinidade, que propriamente pela paixão.  Perguntas ficam nos perturbando, e dúvidas acabam tomando conta da cabeça da mulher. Preciso estar sempre um pé atrás para garantir a união? Vou me tornar um homem se for a provedora? Devo investir em mim e me ver sozinha no futuro? São questões e dúvidas normais e que serão cada vez mais comum entre mulheres na busca do sucesso da carreira.
Conversando com um amigo, ele afirmou que não veria problema nenhum em abrir mão da carreira se a mulher ganhasse R$ 35 mil por mês. Ele cuidaria da casa, levaria as crianças na escola e aproveitaria para fazer luzes e ginástica. Será mesmo? Seria feliz com a dúvida se ele não teria ou poderia ter mais sucesso que a mulher? Dúvida cruel!
Nas teorias da jornalista Lucy Kellaway, as mulheres que desejam alcançar o topo das empresas, não podem se casar com homens alfa, que seriam os líderes natos, por conta da logística. Imagine o casamento onde os dois são CEOS de multinacionais, e um tem que ter base em São Paulo e outro em Nova Iorque, por exemplo. Onde será o ponto de encontro? E se tiverem filhos? Como eles ficam e onde ficam? Realmente é uma relação impossível e alguém será terá que ceder e acreditar no sucesso da carreira do parceiro ou parceira.
Para aumentar a brincadeira achei um teste na internet que responde se seu homem é alfa ou beta. Teste e depois comente. Inclusive meu amigo pode fazer o teste e descobrir realmente conseguiria tomar essa atitude.
Se a vida fosse como um comercial de margarina ou como esse abaixo seria tão mais fácil. Quem não quer o marido perfeito? Você não daria um carro também?

Nenhum comentário:

Postar um comentário