O sonho sempre foi bem organizado. Mas casa pronta, só na imaginação. Na vida real, houve um rombo atrás do outro, com sumiço de trabalhadores da obra, material perdido.
A casa com jeito de castelo, com um ar de contos de fadas, tem mesmo muito de sonho. Mas ela também é o lar e o fio condutor da história real de uma família, o centro de uma grande aventura.
Dicas para economizar nas compras
Saiba como gastar menos dentro de casa
Uma aventura que o Globo Repórter tem acompanhado de perto. Há 12 anos, o casal José Deusenil Santos e Silvana Ribeiro Santos começou o projeto de uma casa maior para a família. Tinham três filhos, logo veio o quarto. Conhecemos o pequeno apartamento deles, em São Paulo. Trabalho nunca faltou. Deusenil é musico, toca trompa em duas orquestras, dá aulas e faz bicos em gravações e eventos.
Sempre faltou foi controle nos gastos, com a obra da casa, principalmente, que mesmo andando bem devagar engolia quase todo o dinheiro. Não sobrava nem para um plano de saúde. A dona de casa Silvana Ribeiro Santos ficou craque em economizar no supermercado. Mas Deusenil não conseguia se segurar.
“Ele não pode sair com cartão de credito ou cheque. Agora ele está mais controlado, mas depois que eu tirei”, disse Silvana, em um programa do Globo Repórter de 2005.
Ele não resistia a uma prestação. “É um carnezinho assim mas, é rápido. São cinco chequinhos assim, e já vai acabar”, comentou Deusenil em um programa de 2008.
A família realmente precisava de ajuda. O Globo Repórter consultou um especialista. O primeiro conselho: organizar a gastança em um caderno.
Em 2006, finalmente veio a mudança para a casa nova. Nova, mas não pronta. Deusenil até começou a anotar alguma coisa no caderno, mas não fechava as contas. A promessa nunca foi cumprida.
Só o sonho, na cabeça, sempre foi bem organizado. A casa pronta, na imaginação. Na vida real, um rombo atrás do outro, com sumiço de trabalhadores da obra, material perdido.
“Chegou uma hora em que acabou o dinheiro. A verdade é essa, porque, enquanto tinha eu acreditava, continuei comprando o material, e o material foi acabando, sumindo na chuva”, disse Deusenil em 2006.
Vieram mais os imprevistos. Foram muitos ao longo dos anos, como o carro batido, sem seguro. Mais recentemente, a doença de Silvana. Ela teve um câncer de mama, mas pôde se tratar e está bem, graças ao plano de saúde que eles finalmente tinham conseguido encaixar no orçamento: uma conquista coletiva da família do castelo.
Mas antes perderam muito dinheiro. “Eu diria que eu gastei três vezes mais o valor que eu faria esta casa se, por exemplo, eu tivesse uma poupança”, reconheceu o músico em 2006.
Deusenil conta que nunca usou o caderno, mas controla extratos bancários, guarda notas fiscais. E na administração da obra, a regra é segurar o dinheiro até ver resultados.
E Silvana na gerência de compras? “Cortei refrigerante, as besteirinhas, os salgadinhos, os biscoitos recheados. Isso eu deixei de lado. No começo, a galera chiou um pouco, mas agora está todo mundo acostumado”, conta a dona de casa.
A filha mais velha se casou. As outras estão mocas. Riram muito da própria aparência nas imagens antigas. Elas valorizam a experiência familiar.
“A gente está aprendendo bastante, com a experiência deles mesmo. Eu me sinto gratificada, porque eu não vou precisar passar por isso para aprender”, declara a estudante Maisa Ribeiro Santos. “Então, R$ 20 que dura um fim de semana a gente faz durar duas. A gente dá nosso jeito”.
“Eles estão mostrando: tendo dinheiro o que a gente faz e não tendo. Então, a gente está bem acostumada com os dois jeitos”, aponta a estudante Milena Ribeiro Santos.
“A gente vai passando as lições, que a gente vai aprendendo. A vida vai ensinando a gente, a ter um convívio melhor com a economia, com o nosso trabalho, a valorizar o trabalho da gente, porque o que eu acho que o que eu antes fazia era não valorizar até meu trabalho”, reconhece o músico.
A parte externa do casarão continua em obras. Mas o que há um ano era só um buraco virou piscina, sem a tal cascata monumental. Deusenil mudou o projeto.
Detalhe: a manutenção é caseira. Silvana é a piscineira do castelo
Dicas para economizar nas compras
Saiba como gastar menos dentro de casa
Uma aventura que o Globo Repórter tem acompanhado de perto. Há 12 anos, o casal José Deusenil Santos e Silvana Ribeiro Santos começou o projeto de uma casa maior para a família. Tinham três filhos, logo veio o quarto. Conhecemos o pequeno apartamento deles, em São Paulo. Trabalho nunca faltou. Deusenil é musico, toca trompa em duas orquestras, dá aulas e faz bicos em gravações e eventos.
Sempre faltou foi controle nos gastos, com a obra da casa, principalmente, que mesmo andando bem devagar engolia quase todo o dinheiro. Não sobrava nem para um plano de saúde. A dona de casa Silvana Ribeiro Santos ficou craque em economizar no supermercado. Mas Deusenil não conseguia se segurar.
“Ele não pode sair com cartão de credito ou cheque. Agora ele está mais controlado, mas depois que eu tirei”, disse Silvana, em um programa do Globo Repórter de 2005.
Ele não resistia a uma prestação. “É um carnezinho assim mas, é rápido. São cinco chequinhos assim, e já vai acabar”, comentou Deusenil em um programa de 2008.
A família realmente precisava de ajuda. O Globo Repórter consultou um especialista. O primeiro conselho: organizar a gastança em um caderno.
Em 2006, finalmente veio a mudança para a casa nova. Nova, mas não pronta. Deusenil até começou a anotar alguma coisa no caderno, mas não fechava as contas. A promessa nunca foi cumprida.
Só o sonho, na cabeça, sempre foi bem organizado. A casa pronta, na imaginação. Na vida real, um rombo atrás do outro, com sumiço de trabalhadores da obra, material perdido.
“Chegou uma hora em que acabou o dinheiro. A verdade é essa, porque, enquanto tinha eu acreditava, continuei comprando o material, e o material foi acabando, sumindo na chuva”, disse Deusenil em 2006.
Vieram mais os imprevistos. Foram muitos ao longo dos anos, como o carro batido, sem seguro. Mais recentemente, a doença de Silvana. Ela teve um câncer de mama, mas pôde se tratar e está bem, graças ao plano de saúde que eles finalmente tinham conseguido encaixar no orçamento: uma conquista coletiva da família do castelo.
Mas antes perderam muito dinheiro. “Eu diria que eu gastei três vezes mais o valor que eu faria esta casa se, por exemplo, eu tivesse uma poupança”, reconheceu o músico em 2006.
Deusenil conta que nunca usou o caderno, mas controla extratos bancários, guarda notas fiscais. E na administração da obra, a regra é segurar o dinheiro até ver resultados.
E Silvana na gerência de compras? “Cortei refrigerante, as besteirinhas, os salgadinhos, os biscoitos recheados. Isso eu deixei de lado. No começo, a galera chiou um pouco, mas agora está todo mundo acostumado”, conta a dona de casa.
A filha mais velha se casou. As outras estão mocas. Riram muito da própria aparência nas imagens antigas. Elas valorizam a experiência familiar.
“A gente está aprendendo bastante, com a experiência deles mesmo. Eu me sinto gratificada, porque eu não vou precisar passar por isso para aprender”, declara a estudante Maisa Ribeiro Santos. “Então, R$ 20 que dura um fim de semana a gente faz durar duas. A gente dá nosso jeito”.
“Eles estão mostrando: tendo dinheiro o que a gente faz e não tendo. Então, a gente está bem acostumada com os dois jeitos”, aponta a estudante Milena Ribeiro Santos.
“A gente vai passando as lições, que a gente vai aprendendo. A vida vai ensinando a gente, a ter um convívio melhor com a economia, com o nosso trabalho, a valorizar o trabalho da gente, porque o que eu acho que o que eu antes fazia era não valorizar até meu trabalho”, reconhece o músico.
A parte externa do casarão continua em obras. Mas o que há um ano era só um buraco virou piscina, sem a tal cascata monumental. Deusenil mudou o projeto.
Detalhe: a manutenção é caseira. Silvana é a piscineira do castelo
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