SAÚDE: Tuberculose é tema de palestra no auditório da Educação

Tuberculose foi o tema da palestra promovida ontem, dia 22, pela Secretaria de Saúde da Prefeitura de Itatiba. O evento, aberto à população, aconteceu no auditório da Secretaria de Educação, na Praça da Bandeira, às 18h30.

O objetivo do ciclo de palestras é garantir o controle de doenças no município. Entre as atividades promovidas pela Prefeitura, médicos e enfermeiras da rede pública passaram por treinamentos relacionados à tuberculose no dias 15 e 16 de março.

Agentes comunitários, auxiliares de enfermagem e técnicos também passaram pela capacitação no dias 14, 18 e 21. Em 2010, Itatiba foi premiada no Fórum Estadual de Tuberculose. Critérios como a cura de mais de 80% dos novos casos e a atuação das Suvis - Supervisões de Vigilância em Saúde, unidades que atuam nas áreas de vigilância ambiental, sanitária e epidemiológica foram levados em conta.
 

 

População em ação
"A participação da população é de extrema importância para o controle da doença. Se a pessoa tiver tosse por mais de três semanas deve procurar o posto de saúde ou PSF mais próximo de sua casa. O tratamento à base de antibióticos é 100% eficaz, no entanto, não pode haver abandono", afirma Dr. Luiz Gonçalves Simões, secretário de Saúde de Itatiba.

O secretário diz que a cura leva seis meses. Para evitar o abandono do tratamento, a Secretaria de Saúde faz o acompanhamento através de equipes com médicos, enfermeiros, assistentes sociais e visitadores devidamente preparados. Esses profissionais administram a ‘dose supervisionada', garantindo que os pacientes façam o tratamento até o fim.

Doença
A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas, também pode ocorrer em outros órgãos, como ossos, rins e meninges. Alguns pacientes não exibem nenhum indício da doença, outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados durante alguns meses e até anos.

Contudo, na maioria dos infectados, os sinais e sintomas mais frequentemente descritos são: tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre baixa geralmente à tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza e prostração.
A transmissão é direta, de pessoa a pessoa, portanto, a aglomeração de pessoas é o principal fator de transmissão. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo contaminando-o. Má alimentação, falta de higiene, tabagismo, alcoolismo ou qualquer outro fator que gere baixa resistência orgânica também favorecem o estabelecimento da doença.

Para prevenir, é necessário imunizar as crianças com a vacina BCG. Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de Aids não devem receber a vacina. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, e não utilizar objetos de pessoas contaminadas.