Meses atrás, uma conhecida me procurou. Aflita, sentia o peso de sua escolha. Ao mudar de emprego, buscava novos desafios e maior conhecimento técnico. Depois de oito anos atuando em consultoria, resolveu aceitar convite para ocupar uma posição no departamento jurídico de uma renomada instituição financeira. No início, sentiu certa dificuldade de adaptação. Pensou que seria uma questão de tempo. Os dias foram passando, passando e o ambiente tonava-se cada vez mais pesado.
Acostumada a ter total liberdade de ação, percebeu que a política interna engessada era o que a incomodava. Foi, então, que a ficha caiu: era mais feliz antes. Conversando com um amigo, surgiu a ideia de voltar ao antigo emprego. Após sete meses, lá estava de volta, na mesma função e na mesma área. Assim como ela, milhares de pessoas decidem arriscar e mudar de emprego. Quando você não está satisfeito e os desafios acabaram, o caminho é tentar coisas novas. Vá, saia para ver o mundo lá fora, compare com o que você tinha antes.
Esta é uma decisão que faz parte da vida. Claro que o risco existe. A probabilidade de não ser aceito de volta é grande. A empresa fica sentida, seu chefe magoado. Essas são barreiras que devem ser enfrentadas. Em muitos casos, as portas se abrem novamente porque há uma dificuldade de encontrar talentos e no primeiro momento de cortes, você pode estar na mira. Não esqueça que ex é sempre ex. Quando as diferenças são superadas, o “casamento” pode ser reatado.
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